Catálogo de Textos
Caderno de Anotações, p. 124, 21.02.2012.
De maneira geral, as páginas “aqui colocadas” possuem a intenção de apresentar as ideias discutidas durante o desenvolvimento do projeto “A Grande Justificativa”.
Em conformidade com as intenções da mostra, todas as informações contidas nestas páginas são (estão, foram, serão) falseadas.
O sentido destas informações de toda a informação é dado pela posição dentro do processo, o qual somente pode ser realizado no interior do ARQUIVO.
O conjunto de informações, no modo como podem ser apresentadas, reza a verdade sempre ficcional. Acrescente a isso a sujeição revisiva (verificar sentido da expressão). Toda a informação é uma verdade circunstancial; o contexto é específico e a forma generalista.
O contexto também é um dado, e insere-se num conjunto de mesma categoria, i.é, num contexto de especificidade mais densa. A assimilação da verdade de uma informação depende da constante recolocação dos termos primeiramente apresentados, como se seu início fosse revisto fundamento fosse a própria revisão.
Mesmo que uma revisão seja marcada, deixada a mostra como registro, ela cria outro documento, encobre uma base com outra base (e o reconhecimento do documento funciona desta maneira). Tal estrutura programática depende das ferramentas com as quais podemos captar, reter/manter, editar/transformar/digerir e comunicar (expressar) um dado que está aí, algo que afirmamos que é.
Cada olhar é um arquivo que permite erigir existência na linguagem (a própria linguagem subsiste por um arquivamento), e toda a permissão reflete uma fronteira. Não deve haver engano acerca de uma tentativa de enxergar melhor a fronteira. Isto não vai acontecer. Seria o mesmo que buscar o toque da sombra sem notar que o objeto da sombra contém a própria sombra. O arquivo é a base da atividade-cultura.
[textos de André Arçari, Fabiana Pedroni, Renan Andrade, Renata Ribeiro e Peter Guthrie]
[Textos de Corina S. Navalla, Fabiana Pedroni e Projeto Arte/educativo de Horrana de Kássia e Rafael Dias]
“E se todas as palavras sumissem de sua mente?” em PDF
[Texto de André Arçari publicado no Caderno Pensar de A Gazeta, 29/set. 2012]
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